segunda-feira, 11 de julho de 2011

Metrópoles na contemporaneidade


Rio de Janeiro

As metrópoles são cidades centrais de áreas urbanas formadas por cidades do desenvolvimento urbano. Este processo foi ocasionado pelo avanço da industrialização e dos serviços modernos, no entanto, essas ações provocaram também um caráter desigual e excludente. Se por um lado uma metrópole trás prosperidade para a região por outro provoca o surgimento de novas questões que anteriormente não existiam.
Nestas cidades a maior parte de sua população vive nos centros urbanos, com uma estrutura produtiva mais dinâmica, complexa e diversificada, diferenciando o mercado de trabalho, das classes e das estruturas sociais características de uma metrópole. Este ambiente atraiu o investimento de grandes empresas nacionais e internacionais. O que estimula o crescimento das atividades terciárias e o aumento do fluxo migratório para essas cidades.
No que se refere ao caráter desigual e excludente deve-se levar em consideração a dinâmica do próprio capital. Por um lado ocorre um acelerado processo de acumulação de capital propiciando uma maior concentração de riqueza na mão de pouco, por outro aumenta na mesma proporção a pobreza da classe trabalhadora. O aumento populacional provoca o inchaço do mercado de trabalho, o que pressiona para baixo o salário e faz surgir um contingente excedente de trabalhadores, o exército industrial de reserva. Contudo estes não são os únicos efeitos colaterais, tem também o mercado imobiliário, a fraca capacidade de regulação e de redistribuição do Estado.
Na contemporaneidade, a configuração de uma nova arquitetura produtiva é necessária a existência do desenvolvimento em escala mundial. Segundo Carvalho

(...) as metrópoles modernas transformam-se em sítios estratégicos para as operações econômicas globais de seus países (deixando de ser sistemas autocentrados), concentrado as funções de mando, as atividades financeiras e serviços especializados como seguros, consultoria, publicidade ou informática, além da produção imobiliária. (CARVALHO, I, 2006, p. 11)

Atualmente estamos vivenciando nas grandes metrópoles uma desindustrialização, pois as indústrias estão indo para regiões menos desenvolvidas; e um esvaziamento populacional, pessoas que não suportam mais viver no caos das metrópoles devido à violência, o desemprego, o trânsito, alto custo de vida, entre outros. A pobreza também tem acentuado o processo de segregação sócio-espacial e de segmentação urbana.
As metrópoles então são ambientes que possuem indústrias, o predomínio dos serviços terciários, serviços mais avançados, sede de corporações melhores oportunidades de ocupação e renda o que agrava as desigualdades sociais.

Referência Bibliográfica:

CARVALHO, I. M.M. Globalização, metrópoles e crise social no Brasil. EURE (Santiago) [online]. 2006, vol.32, n.95, p. 5-20.

RAICHELIS, R. Gestão pública e a questão social na grande cidade. Lua Nova, São Paulo, 69: 13-48, 2006.
Por Bruna S. Silva

Nenhum comentário:

Postar um comentário